Lançamento da plataforma esefosseoutracor.com

Na última quinta feira, dia 06/02, foi lançada a plataforma - esefosseoutracor.com - da APF em parceria com a fundação Vodafone e com o apoio da CIG. A Amplos esteve presente e colaborou com o artigo "A familia é o nosso porto de abrigo". 😍

A família é o nosso porto de abrigo

Quando nascemos fazemos parte de uma família, que não escolhemos e que para nós, mesmo com todos os defeitos, esperamos que seja  a melhor do mundo.

À medida que os filhos crescem, aos pais vão-se apresentando questões, mais ou menos complexas, que tentam resolver da melhor maneira, dentro dos seus padrões de educação e como julgam ser mais benéfico para o crescimento dos filhos.

Quando um filho/filha chega a casa e assume para os pais (muitas vezes será escolhido só um dos progenitores) que  a sua orientação sexual não é a normativa (e tem que o fazer porque os pais pressupõem sempre que os filhos são heterossexuais) é, para alguns pais, uma questão com qual não sabem lidar.

Surge nas suas cabeças toda uma série de dúvidas,” Porquê eu?”,  “Onde terei errado?”, não percebendo que quando um/a filho /filha assume a sua orientação sexual já fez todo um caminho solitário, que teve de lidar com todas as dúvidas e ao fazê-lo perante os pais teme ir desiludir as pessoas de quem mais gosta, e do que precisa nesse momento é tão somente de um abraço.

A saída do armário de um/a filho/filha, pode suscitar vários tipos de reações nas famílias. Há quem (quando é dito a um só progenitor) empurre novamente o/a filho/filha para o armário permanecendo aí com ele/ela de portas bem fechadas. Há quem aceite, mas só dentro das paredes das suas casas. Há quem expulse os/as filhos /filhas de casa, esquecendo que nada mudou naquela pessoa, somente foi revelado uma característica que ele/ela não pode alterar.

Há quem mesmo com dúvidas e muitas vezes com o coração ensombrado, procure ajuda, procure saber mais e conhecer outros na mesma situação. Dá assim o primeiro passo para abrir de vez as portas do armário e deixar entrar a luz do respeito e do amor.

O nosso país é um dos países mais avançados, na legislatura em relação às pessoas LGBTQIA+. Avanços esses que trouxeram mais igualdade, menos discriminação e até protecção, mas as mentalidades infelizmente, não acompanham as leis e ainda há todo um caminho a ser feito nesse sentido.

Quando nascemos fazemos parte de uma família, a qual não escolhemos e só queremos que nos acolha, nos respeite e nos aceite tal como nós somos, porque  família devia ser sempre o nosso porto de abrigo.

Manuela Ferreira, AMPLOS

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